Campus Party #EDUCAPARTY

No segundo dia do Campus Party e dentro deste o EducaParty até meu MAC a 600 km  de distância travou devido ao calor (estava uma sensação térmica de 45 graus por aqui) e depois de umas 10 horas pulando de eventos online para o twitter passando por links de fotos e blogs, tumblrs e sites postados. Como disse uma professora: “Que bom q estou vivo para poder participar”, até a cpu travar.

Ontem acompanhei tres assuntos, primeiro o tal de cibridismo com a felomenal Martha Gabriel Uma grande descoberta para mim, aqui do interior do Brasil (vale a pena seguir @marthagabriel).

Paralelamente  a @marthagabriel outro asunto foi o Sugata Mitra, dentro do #educaparty. Sobre o Mitra, o João Mattar em um post de 2007 comentou sobre o Hole in the Wall. Este post merece ser visitado para reativarmos a discussão.

E dentro do #educaparty aconteceu na parte da tarde uma reunião/debate/assembléia, sei lá como chamar, onde tivemos a participação da querida Léa Fagundes que como sempre deu pitacos provocativos sobre educação.

No Cibridismo consegui estabelecer uma relação entre o tema e a educação. Cibridismo seria uma espécie de mudança cultural devido a vida online que se impõe junto a vida offline, uma viagem entre a realidade fisica e a realidade virtual q muitos acham ser sem volta e q tudo sera ON em breve, outros discordam totalmente e outros buscam mostrar que estas duas pontas na realdiade vão se aproximar cada vez mais.

Para entender um pouco ficam os vídeos abaixo:

E o core  destas abordagens de cibridismo se encaixa bem na situação da educação q debatemos já a alguns anos em nossa realidade mista de professores via twitter, blogs, redes sociais,eventos ON/OFF e eventos totamente OFF:

“Os alunos estão ON, a escola é imutávelmente OFF, e o professor sem pai nem mãe no meio destas realdades. Temos que  viver BEM, ter uma vida BOA na educação.”

Depois do cibridismo, veio a avalanche SUGATA MITRA, q lançou pela manhã, baseado em suas pesquisas, um projeto em São Paulo, participou do #educaparty a tarde e fechou com um conferencia no  #cpbr5 a noite.

Em síntese, e correndo o risco de me tornar antipático, o Mitra não trouxe nada de novo, nada que, talvez com outras palavras e abordagens, nós já não estejamos cansados de conversar sobre. A diferença é q dentro de um contexto especifico ele conseguiu comprovar as idéias de mudança de paradigmas na educação.

Comparando quatro situações de conteudos/atividades: interessante e relevante, interessante e ireelevante, desinteressante mas relevante e desinteressante e irrelevante (figura abaixo), Sugata Mitra abordou os yemas: a autonomia do aprendiz em sua própria aprendizagem (andragogia e heutagogia), a importância da “nuvem” e das “redes”, e o papel do professor.

 Idéias que foram debatidas via twitter:

  • Autonomia dos alunos
    • Alunos podem ser pilotos para descobertas e ajudar o professor na elaboração de novos métodos,  daí  explorar a escola por si próprias. Muito do trabalho já terá sido feito por elas mesmas.
    •  Somos todos aprendizes. Qual é a sua pergunta? Saber questionar a criança é fundamental.  Professores devem refletir sobre a autonomia das crianças.
  • Tecnologias, redes, nuvem
    • A tecnologia pode, sim, salvar a educação. Se você for um desenvolvedor de jogos, pense em entreter de maneira interessante, com certeza se pode aprender com jogos.  o celular virará um implante.
    • As midias sociais (Facebook) são como um pequeno mundo. Alunos preferem professores na escola e não em suas redes sociais. O professor não precisa usar o Facebook para ensinar, mas pode usar para provocar seus alunos.
    • Nunca houve nada parecido com as nuvens antes.. Nuvens não são novidades: Oxford era uma nuvem, Heidelberg era uma nuvem…mas eram nuvens fechadas em si mesmas. Os 1 e 0 possibilitaram o acesso de todos ao conhecimento.  Vc pode ensinar pelo menos 70# do que pretende ensinar só com a união da nuvem e da multidão  provocando autonomia dos alunos.  A nuvem é uma prótese para o cérebro.
  • E o professor
    • Dinâmica de ouvir e falar: oportunidades e vivências + próximas. A disposição em ouvir e compartilhar (empatia) como educação
    • Devemos pedir ao sistema que mude e não pedir ao aluno que não use o computador.  É na mistura de uma nova metodologia com tecnologia que conseguimos mudar a educação.  Temos que deixar de ser o piloto e ser o leme. O  professor não prende a atenção do seu aluno simplesmente por que não utiliza uma metodologia inovadora.

Deixando para o fim deste post, o encontro do #educaparty com a participação  da prof. LÉA FAGUNDES  (foi lançado o blog da professora). Foram mai de 200 educadores (300 segundo os presentes) que participaram de uma dinâmica.  Seguem alguns tuites:

Dinamica educaparty

  • O que dificulta a sua aprendizagem?
  • Saia do seu ponto de vista, conheça o novo!
  • Como trabalhar e realizar tarefas quando as coisas não são “do nosso jeito
  • O automatismo do concordo e discordo não permitem a reflexão.

  • “O mal da sociedade é que a educação incentiva a competição e não cooperação”
  • É preciso cooperação para criarmos um mundo novo, derrubar a extrema competitividade. Escala comum de valores.
  • Aprender é se divertir”
  • Criar um mundo novo. Parece que é só uma brincadeira, mas ensinar pode ser uma brincadeira.”
  • A mudança virá pela cultura digital.
  • Todos nós somos educadores da nova era, da descentração, da era digital.”
  • “Desenvolver-se é descentrar-se, sair de si mesmo.”

E ……..

Categorias:Educação, eventos

Campus Party e Educação

Um post a cada sete meses! Isto não é coisa de um “professor” amante da educação, mas acontece. Vamos ver se 2012 me anima a superar algumas dificuldades pessoais.

E para recomeçar nada melhor que aproveitar, senão o maior, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo que esta rolando esta semana em São Paulo. E como tecnologia, desde o surgimento da escrita, é ligada com educação, temos muito o que aprender neste evento (mesmo q não seja presencialmente).

Hoje, aos seis dias do mes de fevereiro do ano da graça de dois mil e doze, começou o Campus Party 2012 e vimos com alegria que este ano existe uma parte do evento dedicada a educação, o #educaparty que trara durante para o evento discussões sobre educação, tecnologias, e tecnologias para/na educação.

Imagem

A abertura do Educaparty trouxe o Pacheco, o Mitra, e nossa querida Léa Fagundes para debater sobre “Inovação em Educação e em Aprendizagem”. Segue abaixo alguns pitacos que capturei via Twitter de inúmeros colegas que acompanham o evento: @SoniaBertocchi, @CrisMattos, @renataaquino, @promichel, @luisguggen, entre outros tantos:

  • Pacheco: Por o digital a serviço da aprendizagem, onde faça sentido. Não “enfeitar” um modelo que já está falido. (aquario)
  • Guggen: Não é uma transição de educação que vivemos hj, mas uma transição de poder! Pedrada no aquário
  • Mitra: As crianças estão nos dizendo que a educação não está fazendo sentido. Nós temos que ouvi-las.
  • Mitra: criança tenta passar as págs. de revista como no iPad e reclamam qdo ñ funciona.
    Onde acontece isto, não em uma sala de aula no Brasil! (obs- em italico/cinza são inserções minhas)
  • Pacheco: A escola engole gente e vomita bagaço
    Complementando: A educação brasileira esta uma calamidade
  • Pacheco: Miopia dos educadores falando mal de computador e internet
    Esta deixando de ser um dos males dos educadores
  • Lilian Starobinas: Onde está o buraco na parede para os professores? Mitra: NAS CRIANÇAS!
    (elas devem mover a aprender, a trocar idéias com os colegas, a se conectar)
  • Morin: O valor do novo século é Empatia?
    O valor q precisamos, SEMPRE, é o AMAR!
  • O novo emergindo, transformando antigas estruturas.
    Qual, o q é este novo?
  • Alfasol: Como conectar as diversas redes de aprendizagem? Redes de redes como provocação…
    As redes estão se conectando naturalmente, lentamente, através de pessoas. É um processo de autopoiésis.
  • Os curriculos estão matando a aprendizagem entre as pessoas, as relações humanas nas escolas!
    é quase um de “ovo ou a galinha”, mas este debat não desce ao nível dos docentes/discentes, fica lá em cima com os “experts”
  • Pacheco: Paulo [Freire] era um precursor, era iluminado, já sabia que surgiria algo como a internet.
    Se não mudar, vamos torcer q o calendário maia esteja certo, sofreremos bem menos. 

E  a pouco, no final do dia, o @joaomattar publicou em seu blog um post sobre o Mitra e suas experiências q vale a pena ser lido e comentado “The hole in the wall

E fializando este primeiro dia de CampusParty tem ainda dois links muito bacanas e divertidos.

Quem tiver oportunidade passa por lá não perca a chance, quem não tiver de um jeito de seguir nas redes sociais, Tem muita coisa bacana, extraordinária acontecendo. Siga no twitter #educaparty e #cpbr5 e de lá voce acessa um admiravel mundo novo.

Até daqui a sete meses!

Categorias:Educação, eventos

Quebra cabeças “educomunológico”: JOVAED

01/07/2011 2 comentários

jovaed

Vocês estão vendo esta bolinha ai em cima?

Quem sabe do que se trata?

Na realidade é um link para minha pearltree sobre algumas atividades do JOVAED que pude acompanhar como colaborador do JOVAED e como participante em algumas delas. Contem links para palestras, ambientes utilizados, atividades,  videos e outros conteúdos que fui colecionando, durante o evento. É meu PLE do JOVAED que espero possa fazer parte do grande PLN criado durante o evento.  (é um produto inacabado,  e espero continuar a construí-lo ainda por muito tempo)

Gostaria de deixar aqui meu agradecimento aos  colegas do projeto JOVAED/ABED, aos palestrantes e netweavers de cada atividade, e aos brilhantes participantes que nos ajudaram no sucesso do evento e em nossa trilha em busca do conhecimento. Uma boa sorte a todos, e até qualquer hora e lugar!

Primeiro dia: Educador/Educar – Congresso

19/05/2011 2 comentários

O Educador/Educar é um dos maiores eventos educacionais da América Latina e neste ano esta em sua décima oitava edição. Pretendo deixar neste post algumas anotações e reflexões sobre o evento.

O evento conta com dois congressos e dois seminários além da feira de produtos e serviços

  • 18º EDUCADOR – Congresso Internacional sobre Educação
  • 7º EDUCADOR MANAGEMENT – Seminário Internacional de Gestão em Educação
  • 9º AVALIAR – Congresso Internacional sobre Avaliação na Educação
  • 1º EDUCATEC – Seminário Internacional sobre Tecnologias para a Educação
Na abertura tive oportunidade de assitir a duas palestras:
  1. O que sustenta bons projetos de educação
    José Pacheco com a experiência da Escola da Ponte em Portugal (veja vídeo) e
    Eloisa Ponzio com a experiência da Escola Reggia Emilia na Italia
  2. Escola de Inteligência, a formação de pensadores
    Augusto Cury (@Augustocury)
Do primeiro evento, no formato talk show com perguntas e respostas, eu consegui colocar algumas idéias via twiter nas hashtags #eadsunday e #educar2011:
  • #educar2011 heloisa e pacheco. Escolas da ponte e reggia emilia devem INSPIRAR mudanças e não ser copiados.#eadsunday
  • #educar2011 pacheco: maioria escolas no brasil estao como a escola da ponte a 36 anos atras. #eadsunday
  • #educar2011 pacheco:escolas praticam falsidade ideologica (pratica #ideologia. 1 dos problemas:leis estao erradas,n ajudam mudar #eadsunday
  • #educar2011 pacheco: é preciso dar muitas aulas para perceber que nao se precisa dar aula #eadsunday
  • #educar2011 pedagogia do questionamento e metodologia do aprender a fazer boas perguntas #eadsunday
  • #educar2011 pacheco: “formação de professores é péssima e obsoleta” a exemplo da lgislação #eadsunday
  • #educar2011 pacheco: professor n pode ser papagaio de conteudos que o aluno acessa em outras fontes. Isto é nazismo! #eadsunday
Mas deixando os tuites de lado, ao sintetizar o que sustenta bons projetos os  palestrantes apontaram os seguintes ítens:
    • Projeto Político Pedagógico deve ser realista, adequada a prática pedagógica.
    • Prática Pedagógica baseada em projetos
    • educação para a aprendizagem
    • professor qualificado e valorizado, como mediador da aprendizagem
    • aprendizagem baseada em valores e principios, sociais, de solidariedade e sustentabilidade
O segundo evento, do tipo motivacional, trouxe o especialista Augusto Cury e a Teoria da Inteligência Multifoca (A Cidade do Pensamento e as Janelas do Pensamento) associando os problemas existentes no convivio escolar com, digamos, a psique humana. Explorou ainda o impacto das relações sociais na formação da psique tanto do aluno quanto do professor e a responsabilidade do professor e de seu comportamento nas relações com seus alunos ressaltando os seguintes ítens:
  • A importância do “se expor” ao invés do “se impor”, do “elogiar” ao invés do “pressionar”
  • A famosa empatia, o ser o outro
  • O observar comportamento porque eles espelham os sentimentos
  • A psique fragilizada pode ser possuída pela ditadura do ciúme, do controle, da violência
  • A importância de conhecer o mundo de dentro (da psique, da emoção) para depois usar a razão
  • A importância dos sonhos e os perigos dos desejos
Com base nestes itens conceituou o que seria a “Escola da Inteligência, falou de seu sonho de desvendar o pensamento e como ele surge, e da preocupação com a nossa espécie que esta perdendo seu instinto de espécie quando geramos um autofluxo de pensamentos que nos leva a uma doença chamada sindrome do pensamento acelerado, que causa a ansiedade coletiva nos direcionando ao consumismo e a não mais sabermos diferenciar sonho e desejo. E , brincando, falou que esta confusão entre sonho e desejo esta aumentando a necessidade de advogados, juízes, psicólogos e psiquiatras.
Categorias:Educação

Cobertura da cobertura do SENAED

28/04/2011 2 comentários

Encontros presenciais são e deverão continuar a ser um dos formatos mais importantes para discussões sobre educação. Nacionais ou regionalizados eles agregam as cabeças pensantes dentro de cada temática e esta agregação provoca a emergência (palavrinha imprescindível nos discursos contemporâneos) de debates que dificilmente se consegue em encontros virtuais (ainda não).

Mas o melhor de tudo é que não existem mais encontros presenciais dissociados de um a companhamento online, e ai esta se vendo uma emergencia ainda mais rica, trazendo para o debate aqueles que não puderam estar presentes fisicamente e que participam através dos diversos canais de comunicação “virtuais”.

É o que acontece em muitos congressos e seminários e nesta semana, com o Seminário Nacional ABED de Educação a Distância (SENAED)  que esta ocorrendo em João Pessoa, esta acontecendo o encontro do “real com o virtual”.

Através de twitter ( @hercilioms, @maysaab, abed ,  entre inumeros outros twiteiros,  com a hashtag #8senaed), de blogs (Aquifolium e Mattar),  do (ou seria da) facebook, do flickR da abed, entre outros instrumentos de comunicação social, centenas, talvez milhares de pessoas estão acompanhando o evento a distância, de seus ambientes de trabalho, suas casas, seus aparelhos móveis, e quem sabe lá mais o que.

E aqui neste blog, esquecido pelo próprio blogueiro, sobre nosso #easdsunday de todo santo dia, vou tentar fazer uma cobertura das coberturas online do SENAED, pelo menos do primeiro dia.

Começou com as falas de:

  • Mariana Raposo, do SESI da Paraíba sobre Necessidades e Expectativas das indústrias da Paraíba em relação ao e-learning.
  • Lea Depresbiteris sobre Formação de Competências em EaD.
  • Vani Kenski: Design Instrucional – novos desafios para a EaD.

Da palestra inicial ficam duas constatações: dificuldade de acesso nas industrias, com poucos espaços dedicados, e o potencial para as tecnologias móveis.
Me parece que as constatações não fazem muito sentido por serem antagonicas. Mas eu não estava lá então fica aberto para quem esteve lá.

Na segunda fala a minha contrariedade foi em relação a colocação da palestrante de que não existe distinção entre habilidade e competência. Quem concorda? Quem discorda? Eu discordo!
E “faço a defesa na própria colocaão feita de que “A Competência básica em EaD é a integração dos meios”. Para que isto ocorra é preciso que:  se CONHEÇA os meios e mais do que isto seus usos pedagógicos; se desenvolva as HABILIDADES necessárias para utilizar/usar/ operar estes meios; e principalmente se tenha ATITUDE para integrar o CONHECIMENTO e a HABILIDADE  no processo pedagógico.

Na fala da prof. Vani aproveito para colocar algumas contribuições de colegas no twitter.


Agora tá ficando com cara de #eadsunday

Na segunda parte composta por varios eventos, parece  que todos, pelo menos no twitter, foram ao debate sobre o termo “TUTOR e suas habilidades.” Assita e leia uma sequencia de tuites sobre este debate:

E ainda neste tema, temos um bom resumo no blog do prof. João Mattar que esta coordenando este evento no SENAED.

Categorias:#eadsunday, DI, EaD

Discurso do governo sobre educação – wordle

13/02/2011 2 comentários

Aproveitando o gancho do post do blog da @DaisyGrisolia onde é usada a técnica de nuvem de palavras para analisar um texto, deixo abaixo uma núvem sobre o discurso de nossa presidenta falando sobre “educação”.

Não falou, nem disse muita coisa. Vamos esperar quando sai o próximo e ver as mudanças que ocorrem.

Wordle: Discurso presidencial sobre educação

clique para ampliar e melhor visualizar

E seguem abaixo, links para algumas noticias que me chamaram atenção, dentro do tema educação, durante esta semana.

Professores de criança se formam mais a distância no país – (folha) Como será que fica a prática pedagógica? Tem relação direta com o blog da @DaisyGrisolia (qualidade?)

Cada R$ 1 gasto em educação pública gera R$ 1,85 para o PIB, diz Ipea – (globo) Parece vantajoso, será que o problma não esta no gastar? e se INVESTE onde INVESTE? ou porque INVESTE no que INVESTE?

Aulas em 3D e iPads para motivar alunos – (estadão) Não parecem estar confundindo tecnologia com solução e educação com marketing?

Uma ótima semana a todos.

Categorias:Educação

To be or not? Tutor ou Professor? Professor é tutor?

08/02/2011 4 comentários

Estava relutante em abordar os temas abaixo, acho que careço de conhecimentos suficientes para palpitar com profundidade alguns assuntos em um blog, mas algumas situações nas últimas semanas me forçam a passar por cima de minha timidez bloguística.

A duas semanas atrás em uma twitter session sobre práticas pedagógicas com os colegas @eldonclayton @daisygrisolia e @filhadarosa fiz uma colocação e houve uma réplica da a@daisygrisoli que me deixou encafifado e esta transcopypaste a seguir:

  • @eldonclayton: Por que é tão difícil a escola (leia-se: professores) aceitar e incorporar as TICs e Redes sociais no fazer pedagógico?
    eu leria “escola – estrutura política- e professores” pois nossa atuação docente depende  em maior ou menor escala da escola + do que do professor
  • @eldonclayton: Exatamente @daisygrisolia… As escolas precisam de Professor 2.0 – acredito q o diagnostico e capacitação são indispensáveis!
  • @btrautwein: @eldonclayton @DaisyGrisolia: @filhadarosa #eadsunday mudanças nas práticas devem começar com mudanças significativas nas políticas, senão … continuaremos a viver de práticas inovadoras isoladas e de propaganda enganosa
  • @daisygrisolia: @btrautwein #eadsunday só acredito em políticas públicas, articuladas pelos cidadãos – não perco mais tempo com política de governo.

Mas as políticas públicas são definidas pelos políticos (teoricamente orientados por técnicos que fazem parte daquilo que chamamos sociedade, ou cidadãos, que por sinal elegem os políticos). E isto ficou martelando em minha cabeça .

Para piorar vem o @joaomattar com o I Encontro Nacional de Tutores da EaD (ENTEAD se colocar um O ao final, caimos em um paralelo interessante: professor = filho, tutor = enteado, deveriam ser tratados iguais, mas na maioria das vezes não o são).

E na segunda e terça seguintes (07 e 08/02) leio noticias sobre educação no Jornal de Catarina (impresso para que eu não me transforme em um ser essencialmente digital) e me deparo com perólas  sobre a situação da educação no estado de SC, que com certeza se repetem em menor e maior escala em todas as unidades da federação.

  • falta de professores em varias disciplinas = alunos sem aulas (180 professores deixando + d 600 alunos …)
  • licitações para melhoria da infraestrutura de escolas suspensas pela justiça por falhas no processo licitatório (nem lí)
  • mobiliário sendo trocado para maior conforto dos alunos após o início das aulas (para alunos e pais verem que o novo governo esta trabalhando?)
  • concurso para tutor presencial em cursos de letras (tipo do curso que rola muito bem a distância, né?) com salario menor que qualquer outra atividade profissional.
  • Equipe de governo se reunindo para discutir entre outros assuntos, a educação,  após o inicio do ano letivo (para ter cobertura da mídia?)
  • 3 alunos atropelados no primeiro dia de aula
  • e uma pesquisa interessante:  Você incentivaria seu filho a ser professor?

No meio de tudo isto, eu começo a ler uma entrevista de 1987 com um maluco chamado Noam Chomski (alguém desconhece?) onde ele navega com fluência e habilidade nos oceanos da politica, sociedade e linguistica. Nesta leitura, o paragrafo abaixo, que  deixo para que os colegas reflitam e associem com os temas anteriores, meio que direciona a causa de muitas de nossas preocupações.

The professional guild structure in the social sciences, I think, has often served as a marvelous device for protecting them from insight and understanding, for filtering out people who raise unacceptable questions, for limiting reseach — not by force, but by all sorts of more subtle means — to questions that are not threatening.

Tentativa de tradução: A estrutura política (de poder – profissional) nas ciências sociais, eu acho que, muitas vezes tem servido como um dispositivo maravilhoso para protegê-los de qualquer diferente percepção ou compreensão, para filtrar/evitar as pessoas que levantam questões inaceitáveis, para limitar possibilidades de mudança – não pela força, mas por todos os tipos de meios mais sutis – para questões que não são ameaçadoras.

Participe da discussão no twitter #eadsunday e nas postagens do blog do João Mattar abaixo e vamos ampliando a discussão sobre os problemas e soluções:

Categorias:EaD

E o professor? entende? aprende? aproveita?

05/02/2011 4 comentários

Vejam só o papo, via chat/msn, entre dois estudantes antes da volta as aulas, e com certeza continuara após as aulas iniciarem, a cada nova ferramenta que eles conhecerem e compartilharem.

aluno A

  • oie, como faz pra colocar playlist no tumblr?

aluna B

  • Como assim ? q

aluna A

  • playlist UAHDHASUD ou só uma música tipo o teu que tinha/tem whatever

aluna B

  • so poia,me da um tempo para pensar,USHAUSH. tá, tipo a paradinha azul no meu tumblr , q se clica sai musica ?

aluna A

  • é

aluna B

  • vai no http://muzicons.com/ faz sua conta, e depois disso entra lá . daí escolhe o boneco e a musica e a paradinha la em baixo,  depois pega a html e coloca no theme

aluna A

  • ah ok

E terminou a aprendizagem em rede deste ítem ……

Categorias:Educação

Domingo na EaD: DI or not DI? que questão!

Boa semana, ou quase final de uma nova semana a todos os colegas 2.0! ♥

No último final de semana, a turma do #eadsunday andou a mil rotações por segundo produzindo um verdadeiro compartilhamento de idéias e conceitos, implodindo e reconstruindo conceitos em torno do tema “Desing Intrucional (DI)”.

A nomenclatura, a função, a interpretação institucional, mercadológica e acadêmica deste profissional da educação passaram por um pente fino pelos profissionais e colegas educadores @erionline, @DaisyGrisolia, @thbeth, @joaomattar, @rtracten, @antoniaalves entre outros. E eu não estava lá, tive que viver da leitura das tuitadas e me  senti provocado a participar.

Resumidamente, eu enquanto professor/aprendiz tenho como preocupação central a aprendizagem (minha e de meus alunos), e muitas vezes esta aprendizagem não esta diretamente relacionada a conteúdos, mas sim a percepção pelos atores das atitudes necessárias a formação de um ser social, em primeiro plano, e de um ser profissional, como consequencia do ser social.

Meu raciocinio sofre algumas restrições baseado no fato de minha atuação ser no ensino superior (últimos 10 anos) e dentro de empresas (últimos 25 anos)  e de ter trabalhado sempre com pequenos grupos de alunos nestes dois ambientes (no máximo 35 alunos). Além de que estes ambientes tem características bem diferentes em relação a outros níveis de ensino onde me falta experiência como educador .

Dito isto, vamos em frente que atras vem gente. Que tal uma olhada geral no úlimo #eadsunday:

clique na imagem p/ ampliar, ....origem: @DaisyGrisolia

Visão análitica do #eadsunday 27/11/20101

clique na imagem p/ ampliar, ....origem: http://archivist.visitmix.com

Acompanhe a discussão: resumo (12 páginas) dos tuites sobre DI (de 26/11 a 01/12) ou pela hashtag #eadsunday de qualquer hora e lugar lá no twitter. Veja tbém a contrbuição de nossa colega @DaisyGrisolia lá no NexPeople.

E o começo da discussão foi sobre a nomenclaura. DI remete muito mais a instrução pré programada (que foi a  origem do design instrucional lá no século passado, qdo nem existia  uma percepção da importância das tecnologias na educação) do que a aprendizagem e esta foi uma concordância entre os participantes.

Em seguida passamos a questões sobre a função do DI, o DI e as ferramentas tecnológicas disponíveis, o DI e a web 2.0 onde o aprendiz é buscador e produtor e não mais um mero recebedor de conteúdos.

Em relação a estes questionamento gostaria de posicionar, antes de voltarmos ao #eadsunday,  a opinião de duas especialistas na área de DI, as professoras Vani Kenski e Andrea Filatro que ampliam o conceito do termo instrucional tentando abstrair seu aspecto reducionista ( http://ow.ly/3i56e ) .

Vani: “O designer instrucional tem atribuições como planejar o conteúdo, executar o curso e, até, avaliar o aluno. Esses processos atualmente são realizados por profissionais que têm uma formação predominantemente tecnológica e não tem pedagógica. É preciso articular esse diálogo entre os profissionais tecnológicos e os da área pedagógica”
Filatro: o design se confunde um pouco com a didática do ponto de vista que “[…] ambos se ocupam de questões de planejamento e implementação de situações de ensino-aprendizagem”

Observando que estas colocações foram feitas a mais de meia década atrás, e de lá para cá muita coisa mudou e muita coisa continua na mesma

No embate conceitual o @joaomattar e o o @erionline tomaram conta da discussão e trouxeram posicionamentos e conteúdos importantes sobre o tema. O @joaomattar com uma visão mais de aplicação, e seu conceito de aututor, e o @erionline com uma visão mais conceitual do papel do DI. Mais tarde, na terça feira o @rtracten colocou uma visão de quem atua diretamente em cursos de formação de DI.

Links interessantes desta discussão:

  1. as influências teóricas do DI – http://bit.ly/d0ghCz (2006)
  2. questionando a nomenclaura:
    http://ow.ly/3gfTD Educating the next Generation (2005)
    http://ow.ly/3gfSa Curriculo Design for the next century (+/- 2006)
    http://ow.ly/3gfSx A Learning Theory for 21st-Century Students (+/- 2009)
    http://ow.ly/3gfSI Games as an Ideal Learning Environment (2008)
    http://ow.ly/3gfTc Designing Learning Spaces for Instruction, not Control (2009)
  3. Resenha de livros
    primeiro livro da Filatro: http://ow.ly/3gfY5
    livro em ingles: http://ow.ly/3gg5X
  4. Construtivism e cognitivism http://ow.ly/3gfZm

Como resultado  deste embate ficou acertado que o @joaomattar vai avaliar junto a ABED um evento ou mesa redonda ou videoconferencia ou um ringue para debatermos o assunto DI.  De antemão foram sugeridas as participações da Vani Kenski @vannitas, Andrea Filatro @andreafilatro, Ana Beatriz @anabee, Eliane Schlemmer @ElianeSchlemmer, Marcos Silva @Marcoparangole,  Régis Tractenberg @rtracten, além dos contendores @joaomattar e @erionline.

Ao final do debate, que ainda ñ foi finalizado, ficaram claros dois posicionamentos:

  1. o DI como função de apoio ao processo de aprendizagem
  2. O DI como competência de um novo professor/tutor

Pela minha experiência prático/teórica acompanhando tecnologias por mais de 30 anos, como instrutor de cursos sobre tecnologia e gestão para empresas por mais de vinte anos, onde comecei como instrucionista, passei para construtivista e nos últimos tempos conectivista, e minha experiência docente no ensino superior vou mais pela linha do prof. João Mattar (posicionamento 2), que me  parece utópica, mas pode vir a ser realidade a medida em que uma nova geração de professores encontrem um currículo mais dinâmico e adequado a uma atuação conectada com as necessidades das gerações conectadas que estão e estarão no processo de aprendizagem formal. Será que o processo continuará tão formal?

Finalizando, ainda tivemos alguns toques em relação a dois temas: Educomunicação e Conectivismo, que devem emergir nos próximos #eadsunday

E para não ficar muito no textual, que tal um videozinho de 2007 sobre tecnologias na educação en espanha.



 

Categorias:#eadsunday, DI, EaD

Gerações, tecnologias e mídias: Conflitos e convergências

Ola tchurma do #eadsunday,  do #plenk2010, do tuite, do facebook, do real e do virtual. Em meu último post aqui neste espaço, comentei do curso sobre PLE que estava rolando e da dificuldade de acompanhar a quantidade de interações que ocorriam no espaço do curso e nos espaços individuais de centenas de participantes. Pois bem, era muita anarquia para este ser anarquico e acabei passando de aprendiz a observador.

E todo este bla bla bla introdutório para escrever sobre dois eventos que tive a oportunidade de assistir esta semana: o mediaon 2010,  e o painel sobre a geração Y do expomanagement 2010. Ambos aconteceram em São Paulo onde, apesar de alguns discordarem, o Brasil acontece, e o que foi melhor,  sem transito caótico e sem ser atropelado na calçada por outros viventes, uma vez que os eventos foram via web e gratuitos. o mediaon 2010 inclusive esta disponibilizando todos os vídeos com as apresentações/palestras.

Os dois eventos tiveram como foco as novas gerações, chamadas de Y, Z (zapeando) e outras que ainda virão nos próximos anos e décadas (e que continuaram a ser codificadas/classificadas achemos ou não esta classificação desnecessária ou classificatória ao inves de formativa/avaliativa). E o interessante destes dois eventos foi que a forma com que estes dois segmentos, o jornalismo/comunicação no mídiaon, e a gestão no expomanagement,  lidam com estes novos atores digitais poderiam ser aplicados (e algumas idéias já estão sendo tímida e  individualmente aplicadas) na educação e na EaD.

Alguns excertos interessantes das diversas falas ouvidas entre inúmeros outros insigths interessantes recebidos:

  1. considerar a  mobilidade e a colaboração são imprescindíveis em qualquer ação que busque atingir este novo público.
  2. existe uma preocupação latente nas empresas em não saber lidar com estas novas pessoinhas que chegam ao mercado de trabalho
    – tem que buscar o dialogo
    – tem que mudar o relacionamento
    – chefia, gerencia devem ser substituidas por coaching
  3. geração com “crise de referência” versus “empresa lidar com novas referências”
  4. para esta geração o conteúdo é mais importante que a fonte e a experiência mais significativa que o discurso
  5. tecnologias podem ser restritivas ou inovativas, depende de como as vemos e usamos (pessimistas ou otimistas)
  6. mudança em variáveis de consumo
    – tempo passou de abundante a escasso
    – informação passou de escassa a abundante
  7. quem conhece a audiência é o produtor do conteúdo e não mais o desenvolvedor do produto ou serviço
  8. Audiência é o conteúdo, a mídia, o canal

Como já frisei anteriormente, apesar de os eventos não serem sobre educação eles tem tudo a ver com educação. Então convido os colegas a exercitarem este tudo a ver analisando cada um desses 8 itens acima (e acessando os links sobre os eventos) e estabelecendo paralelos com nossa atuação enquanto educadores e aprendizes.  Aceitam o convite?

E sobre aquele primeiro parágrafo, lá em cima, oquéqui ele tem a ver com estes dois eventos? Bem …, minha desmoralização como um educador transgerações, tem que ser muito YZ para poder acompanhar um curso destes.

Até mais, nos vemos por ai nos domingos da vida!